DANIELA SILVA
do UNIVERSO FEMININO, em SÃO PAULO, (SP)
A repórter Samanta Vicentini, do jornal carioca Extra, foi alvo de comentários cheios de ódio, ofensas, insultos e preconceitos por ser gorda. O internauta identificado como Rafael Monciozo Montiverdi através do Facebook repetiu inúmeras vezes ofensas contra a jornalista, 'gorda', 'gorducha' e 'leitoa'. Indignada, Samanta parou a entrevista para responder aos insultos do internauta.
"Gordo não é ofensa. Isso aqui é só embalagem. Falta de caráter é pior do que gordura.", respondeu a jornalista.
Segundo Samanta, o internauta disse 'odiar os gordos'. "Me chamou de 'gorda', 'gorducha', 'leitoa' e ainda completou com 'odeio gorda' e 'sou gordofóbico', enquanto eu entrevistava uma convidada em uma das transmissões ao vivo que faço no Jornal Extra. Foi a primeira vez que isso aconteceu e confesso que fiquei sem reação na hora. Fiquei triste, sim, apesar de saber que sou gorda, mas isso é uma característica do meu corpo, não define quem eu sou.", disse a jornalista.
Samanta confirma que tem um sério problema de auto estima, e que os comentários acabaram mexendo com ela. "Naquele segundo em que fiquei triste, me senti ridícula. Me senti inapropriada e toda aquela insegurança que me perseguia.", disse.
"Pode me chamar de gorda à vontade. Isso é só o meu corpo e eu sei que, por enquanto, ele é gordo mesmo, mas eu posso emagrecer. agora, pra falta de caráter, ainda não inventaram remédio.", completa Samanta.
Procurado, o jornal informa que tomará medidas cabíveis para o caso. O Grupo Globo, dono do jornal extra, informou também que tomará medidas cabíveis em relação a esse caso.
O termo ainda não existe no dicionário brasileiro mais muitas mulheres e homens são vitimas de preconceitos e discriminações por causa de seu corpo. "Existem pessoas que se sentem superiores aos outros e se julgam no direito de discriminar uma pessoa por ser gorda, fazer piada, ofensas. Pessoas gordas, magras, mulheres e homossexuais são os que mais sofrem com o preconceito e as piadas de mau gosto.", explica a terapeuta familiar, Suzimara Medeiros.
Segundo Suzimara Medeiros ela já viu casos em que funcionários e estudantes foram ridicularizados por serem gordos. "Gordura não é defeito, se a pessoa é feliz com o seu corpo cabe a nós, a sociedade aceitar a felicidade do outro da forma como ele se sente bem e nos preocupar com a nossa vida. Pessoas que se preocupam em excesso com o outro eles acabam esquecendo seus próprios problemas físicos, sua própria saúde.", explica a terapeuta.
"Já vi um caso que um rapaz homossexual vivia sendo humilhado no seu serviço por colegas, eles mandavam ele 'virar homem', falavam coisas absurdas sobre sexo com mulheres para ele, sempre tendo como foco a orientação sexual dele, ele me disse que não aguentou e pediu demissão da empresa.", conta Suzimara Medeiros. Segundo Medeiros, nesses casos o ideal é explicar que 'não gostou da brincadeira, ou atitude', se não solucionar procurar os responsáveis pela empresa, caso não solucionar, de preferência gravar os áudios, procurar um advogado e acionar a justiça.
"A justiça esta aí, ofensas pela internet não ficam mais impunes, ofensas no trabalho, na rua, nada fica impune hoje em dia.", explica a terapeuta.
do UNIVERSO FEMININO, em SÃO PAULO, (SP)
A repórter Samanta Vicentini, do jornal carioca Extra, foi alvo de comentários cheios de ódio, ofensas, insultos e preconceitos por ser gorda. Foto: Reprodução / Jornal Extra |
A repórter Samanta Vicentini, do jornal carioca Extra, foi alvo de comentários cheios de ódio, ofensas, insultos e preconceitos por ser gorda. O internauta identificado como Rafael Monciozo Montiverdi através do Facebook repetiu inúmeras vezes ofensas contra a jornalista, 'gorda', 'gorducha' e 'leitoa'. Indignada, Samanta parou a entrevista para responder aos insultos do internauta.
"Gordo não é ofensa. Isso aqui é só embalagem. Falta de caráter é pior do que gordura.", respondeu a jornalista.
Segundo Samanta, o internauta disse 'odiar os gordos'. "Me chamou de 'gorda', 'gorducha', 'leitoa' e ainda completou com 'odeio gorda' e 'sou gordofóbico', enquanto eu entrevistava uma convidada em uma das transmissões ao vivo que faço no Jornal Extra. Foi a primeira vez que isso aconteceu e confesso que fiquei sem reação na hora. Fiquei triste, sim, apesar de saber que sou gorda, mas isso é uma característica do meu corpo, não define quem eu sou.", disse a jornalista.
Samanta confirma que tem um sério problema de auto estima, e que os comentários acabaram mexendo com ela. "Naquele segundo em que fiquei triste, me senti ridícula. Me senti inapropriada e toda aquela insegurança que me perseguia.", disse.
"Pode me chamar de gorda à vontade. Isso é só o meu corpo e eu sei que, por enquanto, ele é gordo mesmo, mas eu posso emagrecer. agora, pra falta de caráter, ainda não inventaram remédio.", completa Samanta.
Procurado, o jornal informa que tomará medidas cabíveis para o caso. O Grupo Globo, dono do jornal extra, informou também que tomará medidas cabíveis em relação a esse caso.
Gordofobia
O termo ainda não existe no dicionário brasileiro mais muitas mulheres e homens são vitimas de preconceitos e discriminações por causa de seu corpo. "Existem pessoas que se sentem superiores aos outros e se julgam no direito de discriminar uma pessoa por ser gorda, fazer piada, ofensas. Pessoas gordas, magras, mulheres e homossexuais são os que mais sofrem com o preconceito e as piadas de mau gosto.", explica a terapeuta familiar, Suzimara Medeiros.
Segundo Suzimara Medeiros ela já viu casos em que funcionários e estudantes foram ridicularizados por serem gordos. "Gordura não é defeito, se a pessoa é feliz com o seu corpo cabe a nós, a sociedade aceitar a felicidade do outro da forma como ele se sente bem e nos preocupar com a nossa vida. Pessoas que se preocupam em excesso com o outro eles acabam esquecendo seus próprios problemas físicos, sua própria saúde.", explica a terapeuta.
"Já vi um caso que um rapaz homossexual vivia sendo humilhado no seu serviço por colegas, eles mandavam ele 'virar homem', falavam coisas absurdas sobre sexo com mulheres para ele, sempre tendo como foco a orientação sexual dele, ele me disse que não aguentou e pediu demissão da empresa.", conta Suzimara Medeiros. Segundo Medeiros, nesses casos o ideal é explicar que 'não gostou da brincadeira, ou atitude', se não solucionar procurar os responsáveis pela empresa, caso não solucionar, de preferência gravar os áudios, procurar um advogado e acionar a justiça.
"A justiça esta aí, ofensas pela internet não ficam mais impunes, ofensas no trabalho, na rua, nada fica impune hoje em dia.", explica a terapeuta.
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