Crianças Transgênero tem uma boa saúde mental quando são permitidos a serem eles mesmos

MARIA HELENA FIGUEREDO, e AMAURY MESQUITA
do UNIVERSO FEMININO, em BRASÍLIA, (DF)

"Em primeiro lugar os pais precisam permitir que a criança viva, se vista, e se comporte de acordo com sua identidade de gênero.", explica terapeuta.
Foto: Getty Images

Um estudo americano afirma que as crianças transgêneros que transformam sua aparência de acordo com sua identidade de gênero não podem necessariamente ter problemas de saúde mental mais frequentemente do que as outras crianças.

Segundo o estudo, em comparação com outras crianças, as crianças transsexuais não eram mais propensos a terem depressão e apenas ligeiramente mais propensas a sintomas de ansiedade.

"Esta descoberta é bastante surpreendente, dado que, até à data, quase todos os estudos de diversas crianças, jovens, mostram que eles têm taxas muito mais elevadas de depressão e ansiedade do que as outras crianças.", disse a autora do estudo, Kristina Olson.

Os resultados do estudo são importantes, muitos pais de crianças transsexuais vem permitindo as crianças se vestir e se comportarem de acordo com sua identidade de gênero. Os pais permitem mudanças nas roupas, cabelos, e comportamento, de acordo com a identidade de gênero da criança.

Os resultados do estudo são importantes, muitos pais de crianças transsexuais vem permitindo as crianças se vestir e se comportarem de acordo com sua identidade de gênero.
Foto: Getty Images

Os pesquisadores estudaram 73 crianças transsexuais com idades entre 3 e 12 anos, os pesquisadores analisaram os irmãos das crianças transsexuais, e outras 73 crianças que não são transsexuais, com idades semelhantes as crianças transsexuais.

Os pais das crianças transgêneros foram questionados por pesquisadores para completar formulários de avaliação de saúde mental detalhando os sintomas de depressão e ansiedade exibida pelas crianças.

Em uma escala de 0 a 100, as crianças transsexuais tiveram pontuações médias de depressão de cerca de 50, em comparação com 48 das outras crianças. Sobre a ansiedade as crianças transsexuais tiveram pontuações médias de cerca de 54, em comparação a 51 das outras crianças, e 52 dos seus irmãos. 

Os pesquisadores descobriram que as pontuações para os chamados sintomas de internalização como depressão e ansiedade para estas crianças transexuais eram muito mais baixos do que os resultados de estudos anteriores.

"Eu tenho visto mais e mais crianças que estão absolutamente próspera e feliz, especialmente porque as comunidades e as famílias se tornam mais conscientes da importância de aceitar e apoiar essas crianças como elas são.", disse a especialista, Illana Sherer, do Centro de Sexo do Adolescente da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Em conversa com o UNIVERSO FEMININO, a terapeuta familiar Eva Cristina, explica como os pais devem agir no caso da transsexualidade na infância. "Em primeiro lugar os pais precisam permitir que a criança viva, se vista, e se comporte de acordo com sua identidade de gênero.", explica Eva Cristina. "Quando uma criança é proibida de expressar seus desejos, sua forma de se comportar, se vestir, o impacto na saúde mental pode ser muito negativo.", completa.

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