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Pauline Cafferkey chegou a ser declarada em estado crítico no início de janeiro. Foto: Reprodução / BBC |
Uma enfermeira escocesa que contraiu o vírus ebola em Serra Leoa, no ano passado, teve que ser hospitalizada novamente na madrugada de sexta-feira em um hospital de Londres devido ao que médicos descreveram como "complicações retardadas incomuns".
Pauline Cafferkey sentiu-se mal na terça-feira e procurou um hospital em Glasgow, mas os médicos decidiram transferi-la para o Royal Free Hospital, em Londres, que conta com uma unidade especial de isolamento - o mesmo local em que a enfermeira ficou internada por quase um mês após ser diagnosticada com o ebola em dezembro do ano passado.
Segundo uma fonte do Ministério da Saúde ouvida pela BBC, a internação da enfermeira em Londres foi decidida como medida de precaução, mas uma das autoridades médicas que observaram Cafferkey em Glasgow disse que sua condição não tem grande risco de contágio.
'Recuo'
"O risco para o público é baixo, embora tenhamos contactado pessoas próximas a Pauline e as estejamos observando", disse Emilia Crighton, diretora de saúde pública para a região Greater Glasgow e Clyde, onde a enfermeira foi inicialmente internada.
Até o início da manhã dessa sexta-feira, ainda não havia informações sobre o estado de saúde de Cafferkey.
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A enfermeira contraiu o vírus enquanto trabalhava como voluntária em Serra Leoa. Foto: Reprodução / BBC |
"Quando o vírus é removido do organismo, ele tende a se retirar para áreas de mais difícil acesso no organismo. Pode se esconder, por exemplo, por trás dos olhos ou no leite materno, por exemplo".
Neuman explicou ainda que os efeitos do ebola no organismo podem durar até dois anos, apesar de ser difícil determinar quanto tempo tais efeitos podem persistir.
"A boa notícia é que ela (Cafferkey) derrotou o vírus uma vez, então provavelmente pode fazê-lo mais uma vez. O quadro sugere que ela tem um perfil genético que a protegeu na primeira vez e que poderá fazer o mesmo na segunda vez, a despeito de qualquer tratamento. As chances são boas".
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As autoridades médicas ainda não sabem quais são os efeitos do ebola a longo prazo. Foto: Reprodução / BBC |
A enfermeira contraiu o vírus enquanto trabalhava como voluntária em Serra Leoa, um dos países afetados pelo recente surto de ebola na África. Em 4 de janeiro, sua condição foi descrita como "crítica" pelos médicos do Royal Free Hospital. No mesmo mês, porém, ela teve alta. Um dos chefes da equipe médica, Michael Jacobs, disse que a enfermeira tinha se recuperado e não oferecia risco de contágio.
No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) admite que não se sabe muito sobre os efeitos a longo prazo em pacientes com ebola.
O mais recente surto da doença matou mais de 11 mil pessoas na África. E a semana passada foi a primeira desde março de 2014 em que não houve novos casos.
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