"Mãe, Sou Gay": Como encarar essa situação?

DEISE VIEIRA
do PUC FEMININO, em São Paulo


Homossexualidade em Família
Pais contam como lidaram, e como lidam com a Sexualidade de seus filhos.


Homossexualidade na família, motivo de muita tristeza a alguns pais, no começo aquela decepção, e depois, a fase de aceitação, mais por que a Homossexualidade não é bem aceita na maioria das famílias, o PUC FEMININO conversou com Homossexais, e pais de homossexuais, que falaram sobre a fase de aceitar a sexualidade do filho.


A funcionária pública, Aparecida de Paula, de 49 anos, conta que no começo foi dificil aceitar a sexualidade do filho, Victor Hugo, de 24 anos de idade. "Você imagina uma coisa, nora, netos, e derrepente você é bombardeada com a noticia de que seu filho é Gay, isso acaba sendo triste para qualquer mãe.", afirma Aparecida de Paula. De acordo com a mãe, foi dificil aceitar a sexualidade do filho. "É Dificil aceitar, agente fala, acaba até se tornando uma chata, mais agente imagina que acontece na rua, não dentro da minha casa, e com meu filho.", conta.


Segundo Victor Hugo, no começo ele pensou até em tirar sua própria vida. "Você nasce com a sexualidade diferente, por exemplo, quando é pequeno não gosta de bola, gosta de boneca, não curti ficar com os meninos, só com as meninas, agente nasce assim e depois se da conta de que ser assim é ser Homossexual.", conta Victor Hugo, estudante de direito. "Você ser insultado, ofendido, ou discriminado por ser homossexual é triste. Quando minha mãe me condenava, me odiava, eu pensei em tirar minha própria vida.", relata.


Emocionada, a mãe hoje confessa amar o filho e respeitar sua sexualidade. "Eu fui uma ignorante, pedi perdão ao meu filho, eu não entendia, achava que isso era uma escolha, um comportamento, e não sabia que estava fazendo mal ao meu filho. Mais eu amo ele muito e ele sabe disso.", conta a mãe. Segundo Aparecida, o filho é quem auxilia nas escolhas de sua roupa. "Ele é mais sabido do que eu.", afirma.


No caso de Vinicius Farias, de 18 anos, ele confessou ao pai, José Augusto Farias, de 37 anos, que era homossexual. "Levei numa boa, falei, filho, segue sua vida e não precisa de chorar, eu te amo e vou te amar sempre, eu tenho orgulho de ser pai de um filho querido e honesto como você.", lembra o pai.


Vinicius, de família evangélica, conta que sofreu discriminação da própria mãe, Célia Mara, 46 anos. "Meu pai aceitou, me consolou, me abraçou e foi meu grande amigo, amo muito meu pai por isso, minha mãe disse que eu era diabólico, sodomita, e uma abominação bíblica, mais depois ela se arrependeu e me pediu perdão.", conta. "O Homossexualismo na minha família foi a primeira vez, eu estava cega, assistindo esses programas que fala sobre esse pecado, e alimentava mais ainda meu ódio e meu repúdio, parei de assistir isso e colocar mais amor no coração, hoje aceito a orientação sexual do Vinicius e o amo incondicionalmente.", finaliza.


A Homossexualidade




Segundo cientistas, o cérebro de um Homossexual é muito semelhante ao de uma mulher heterossexual, apresentando os dois hemisférios mais ou menos do mesmo tamanho. O cérebro de uma mulher homossexual, assemelha-se ao homem heterossexual.


De acordo com o estudo, a área do cérebro que controla os aspectos emocionais, o humor e a agressividade. O padrão masculino homossexual correspondeu ao feminino heterossexual e vice-versa.


'Cura Gay'


O deputado evangélico João Campos (PSDB-GO) propôs uma lei batizada de 'Cura Gay', que pretende vetar a validade de dois dispositivos da Resolução 1/99 do Conselho Federal de Psicologia que impedem psicólogos de usar a mídia para reforçar preconceitos ou propor tratamento para homossexuais. 


 João Campos (PSDB-GO) propôs uma lei batizada de 'Cura Gay'.


A psicóloga e evangélica, Marisa Lobo, é favorável ao projeto, segundo ela, a resolução do Conselho é arbitrária porque impede que profissionais reprimam opções sexuais em pacientes, segundo Marisa Lobo, os psicólogos devem atender aos pedidos solicitados por quem vai ao seu consultório.


Por outro lado o público homossexual é contra esse projeto, por trata-los como doentes, sendo que na realidade a Homossexualidade é uma sexualidade como todas as outras, inclusive como a Heterossexualidade.


"Orientação sexual e identidade de gênero são coisas que não confundem. Uma pessoa não pode se valer disso para querer curar uma pessoa por ser homossexual. É óbvio que alguém homossexual vai ter egodistonia, mas por viver numa cultura homofóbica que rechaça e subalterniza sua homossexualidade. O certo seria colocar o ego em sintonia com seu desejo, é sair da vergonha para o orgulho.", disse o coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT na Câmara, deputado Jean Wyllys.


Preconceito


"Você pode discordar de todos nesse país, mas se discordar de militantes homossexuais você é homofóbico. Nós vivemos a democracia. É preciso que as pessoas respeitem as diferenças e os diferentes.", disse o autor do projeto, deputado João Campos.


"Canalhas! Canalhas! Emboscando crianças nas escolas! Canalhas mil vezes! Não queiram estimular crianças, os filhos de vocês aqui, que ganham um salário mínimo, a receber uma carta de material homoafetivo nas escolas!", disse em preconceituosas declarações, o deputado Jair Bolsonaro.

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