Bisfenol A: Uma perigosa substância que fica na Mamadeira


do UNIVERSO FEMININO


BISFENOL A: SUBSTÂNCIA PODE CAUSAR INFERTILIDADE, E AUMENTAR RISCO DE SINDROME DE DOWN EM FETOS. ALÉM DE SER UMA SUBSTÂNCIA PERIGOSA, A ANVISA PROIBIU ESSA SUBSTÂNCIA EM MAMADEIRAS.


Atualmente, as mamadeiras existentes no mercado não poderão mais conter a substância Bisfenol A (BPA). A medida da Anvisa é uma maneira de precaução da agência, uma vez que há estudo que comprova os perigos da substância para a saúde dos bebês. De acordo com a resolução RDC 41/2011, desde as mamadeiras fabricadas no Brasil ou importadas não poderão existir exposição ao BPA. 


Segundo o estudo, há riscos decorrentes da exposição ao BPA, mesmo quando essa exposição ocorre em níveis inferiores aos que atualmente são considerados seguros. A Anvisa também se antecipou com a medida, mesmo não havendo resultados conclusivos sobre o risco do Bisfenol A, tudo é por medida de precaução e proteção das crianças de 0 a 12 meses.


O Bisfenol A está presente no policarbonato, que é uma substância utilizada na fabricação de mamadeiras. E como o sistema de eliminação do BPA pelo corpo humano não é tão desenvolvido em crianças na faixa etária de 0 a 12 meses a Agência resolveu se precaver. 


Os fabricantes e importadores terão 90 dias, para cumprir a determinação. Já as mamadeiras fabricadas ou importadas dentro do prazo de 90 dias poderão ser comercializadas até 31 de dezembro deste ano. Além do Brasil, a proibição do BPA já está adotada em outros países, como Canadá e Estados da União Europeia. No Mercosul, medida semelhante deverá ser adotada em breve.


“Iniciativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária em publicar normas que regulamentam a utilização de produtos químicos nocivos a saúde, mostra o comprometimento e preocupação com a saúde pública, promovendo proteção e trazendo benefícios ao cidadão”, afirma farmacêutica, Glauce Miriã Vilhalva.


Outros Riscos


A pesquisa, publicada no Human Reproduction, periódico da Faculdade de Medicina da Universidade de Oxford, na Inglaterra, foi feita em parceria com o Hospital Vall d'Hebron, que também fica em Barcelona. Foram analisados os efeitos do BPA em uma amostra de 21 570 ovócitos in vitro em ambientes com e sem a presença da substância.


Os resultados demonstraram que o contato com o bisfenol A reduziu o número de ovócitos e, consequentemente, afetou a fertilidade das mulheres. Além disso, dobrou o risco de troca de cromossomos durante o processo de divisão celular. Observações específicas no cromossomo 21 no desenvolvimento de 90 ovócitos revelaram que tal exposição aumentou o risco de síndrome de Down em gerações futuras do feto.


"Os resultados mostram que o BPA não afeta diretamente na fertilidade da gestante, mas sim na de suas filha e netas. É um efeito que envolve várias gerações", explica a professora da Universidade Autônoma de Barcelona e diretora do estudo, Montserrat Garcia Caldés.


"Nós somos expostos ao bifenol A diariamente via via oral, por meio de caixas de lanches, mamadeiras, garrafas de bebidas e recipientes de comidas", lembra Miguel Àngel Brieño-Enríquez, principal autor do artigo e pesquisador do Departamento de Biologia Celular da UAB. "Apesar de todos nós metabolizarmos a substância, as grávidas retém mais líquidos e os fetos são os mais afetados por uma maior concentração de BPA", completa.

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