Obesidade Infantil: Saiba qual é o papel dos Pais


do UNIVERSO FEMININO


QUAL SERÁ O PAPEL DOS PAIS NA EDUCAÇÃO ALIMENTAR DE SEUS FILHOS.


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS.), o excesso de peso e a obesidade dizem respeito a uma acumulação anormal ou excessiva de gordura, que pode pôr em causa a saúde do indivíduo. Esta condição constitui, para a O.M.S., um problema de saúde agudo, estimando que cerca de 10 a 30% das crianças e entre 8 a 25% dos adolescentes possuam excesso de gordura corporal.


Dados revelam especialmente preocupantes quando se enumeram as diversas consequências físicas e psicológicas que podem advir do excesso de peso. Numa vertente física, as crianças com excesso de peso e obesidade apresentam uma maior probabilidade de desenvolver hiperlipidemia, hipertensão e doenças cardiovasculares, bem como problemas endócrinos (como a resistência à insulina, associada à Diabetes Tipo II), gástricos, pulmonares (apneia do sono, associada a efeitos negativos na aprendizagem e memória), ortopédicos e neurológicos.


A pesquisa tem, ainda, demonstrado a existência de implicações psicossociais ligadas ao excesso de peso e da obesidade. Assim, é possível identificar um aumento da predisposição para o desenvolvimento de problemas psicológicos e psiquiátricos (tais como depressão, ansiedade…), assim como problemas comportamentais e emocionais. Há, também um aumento da probabilidade de desenvolver comportamentos de risco (consumo de álcool e tabaco), estigmatização e discriminação sociais, desenvolvimento de uma imagem corporal negativa, insatisfação com a aparência física e, consequentemente, efeitos negativos na auto-estima.


Dada esta multiplicidade de efeitos da obesidade e do excesso de peso, torna urgente intervir já durante a infância, uma vez que crianças com excesso de peso tendem a tornar adultos com excesso de peso, nos quais a inversão do processo é, já, extremamente difícil. Contudo, não será difícil concluir que a melhor estratégia para combater a obesidade é a prevenção.


Os estudos mostram que o excesso de peso e a obesidade infantis podem ter diversas causas:


Uma delas será a dieta: uma ingestão superior ao gasto, porções desadequadas, uma ingestão exagerada de gorduras e a disponibilidade e acessibilidade a alimentos altamente calóricos podem contribuir, em grande parte, para o desenvolvimento desta condição.


Outra causa será a atividade física. A preferência por atividades de entretenimento, tendo por base a televisão, as consolas e os computadores, traduz-se no desenvolvimento de hábitos cada vez mais sedentários.


A genética, por sua vez, estabelece um limite biológico para o metabolismo, sabendo que pais com obesidade terão, com maior probabilidade, filhos com obesidade.


Existem, também, fatores orgânicos ligados ao excesso de peso. Por exemplo, o mau funcionamento hormonal pode levar à dificuldade de inibição do apetite, culminando, por sua vez, num aumento da ingestão.


Atenção: agora, numa causa não menos importante e de grande relevância na prevenção da obesidade: os fatores familiares. Os comportamentos parentais influenciam grandemente os hábitos da criança, existindo práticas muito comuns, que podem afetar a capacidade da criança para adquirir hábitos saudáveis.


Exemplos disso são:


-Oferecer recompensas para que ela coma;


- Limitar o acesso a determinados alimentos “proibidos” ou oferecer porções desadequadas.


A adoção de comportamentos deste tipo implicam retirar autonomia à criança, reduzindo a sua capacidade para reconhecer os sinais internos de saciedade e de fome. Além disso, afeta o desenvolvimento das suas preferências alimentares e leva à valorização de alimentos não acessíveis, uma vez que a criança terá uma tendência para consumir este tipo de alimentos em maior quantidade quando se tornarem acessíveis (“o fruto proibido é o mais apetecido”).


Por outro lado, há uma série de comportamentos que os pais podem adotar:


- Os alimentos saudáveis, como a fruta, por exemplo, devem estar expostos e disponíveis, já que aumenta a probabilidade de ingestão e de preferência por alimentos saudáveis;


- As refeições em família devem ser privilegiadas, bem como a resposta positiva a comportamentos saudáveis demonstrados pela criança. Além disso, a adoção de hábitos saudáveis por parte dos pais, levará ao desenvolvimento de hábitos saudáveis nos filhos, uma vez que as crianças aprendem muito por imitação.


Olhando para as consequências da obesidade e para a relativa facilidade com que podemos evitá-la, é notória a necessidade de desenvolver estratégias de prevenção, começando pelo próprio lar.

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