Doenças da Bexiga: Fique por Dentro


do UNIVERSO FEMININO


Sua Bexiga é saudável?, Para quem pensava que existia poucos problemas na bexiga se enganou, existe problemas sérios, e até mesmo problemas graves, começamos pelos problemas aparentemente simples, e depois os mais complicados e graves problemas.


CISTITE



Mais, o que é Cistite?


A cistite é uma inflamação da bexiga. Essa condição afeta mais freqüentemente as mulheres, mas pode ocorrer em ambos os sexo e todas as faixas etárias. Há vários tipos de cistite, como:


* Cistite bacteriana, o tipo mais comum, o qual geralmente é causada por bactéria coliforme sendo transferida do intestino para a bexiga através da uretra.


* Cistite intersticial é considerada mais uma lesão da bexiga resultando em irritação constante e raramente envolve a presença de infecção. A causa da cistite intersticial é desconhecida, mas suspeita-se que ela possa ser autoimune, quando o sistema imunológico ataca a bexiga.


* cistite eosinofílica é uma forma rara de cistite que é diagnosticada por biópsia. Nesses casos, a parede da bexiga é infiltrada com altas números de eosinófilos (tipo de glóbulo branco). A causa da cistite eosinofílica é desconhecida, porém ela pode ser engatilhada em crianças por certos medicamentos.


* cistite por radiação geralmente ocorre em pacientes passando por radioterapia para tratamento de câncer.


* cistite hemorrágica.


Quais são os Sintomas?


* Necessidade urgente de urinar com frequência;


* Escassa eliminação de urina em cada micção;


* Ardor durante a micção;


* Dores na bexiga, nas costas e no baixo ventre;


* Febre;


* Sangue na urina nos casos mais graves.


Causas da Cistite


Normalmente, a urina da bexiga é estéril e as bactérias que conseguem vencer os mecanismos naturais de proteção e chegar à bexiga são expulsas pela micção. 


O ato de urinar é um dos mais importantes mecanismos de defesa contra a proliferação das bactérias que invadem a bexiga, pois estas são eliminadas à micção. 


Se as bactérias multiplicarem-se mais rapidamente que a capacidade da bexiga em expulsá-las pela micção, a infecção acontece. 


As principais bactérias causadoras da cistite são a Escherichia coli e o Staphylococcus saprophyticus, habitualmente presentes na flora intestinal e da região em torno da uretra (periuretral), do vestíbulo vaginal (parte externa da vagina) e ao redor do ânus. 


A principal maneira como estas bactérias chegam à bexiga é por via ascendente, ou seja, as bactérias da própria paciente "sobem" desde a região periuretral, vagina ou ânus até a bexiga. 


As mulheres desenvolvem cistite mais facilmente que os homens porque têm a uretra mais curta; pela menor distância a ser percorrida pelas bactérias, desde a região periuretral até a bexiga e pela proximidade entre o ânus e a região periuretral. 


Alguns fatores, isolada ou conjuntamente, são necessários para que ocorra a infecção da bexiga:


- Colonização periuretral pelos microorganismos provenientes da flora intestinal por fatores como defecação, sudorese e higiene pessoal inadequada.


- Fatores relacionados ao modo como certas bactérias se aderem à região periuretral.


- A relação sexual é um dos fatores mais importantes da cistite em mulheres, pois, através dos movimentos de penetração, facilita a introdução de bactérias da região periuretral até a bexiga.


- Os fatores naturais de proteção tais como a acidez natural da urina, o muco vesical e a secreção local de imunoglobulinas precisam ser sobrepujados para que ocorra a infecção.


Além disso, existem muitos outros fatores de risco contribuem para o desenvolvimento da cistite:


- Alterações da imunidade geral e local da região periuretral e da bexiga.


- Diabetes.


- Banhos de imersão.


- Certos antibióticos, que destroem temporariamente a flora bacteriana protetora, que compete com a Escherichia coli e outros microorganismos implicados na cistite.


- Alergia a componentes usados em produtos de higiene íntima tais como sabonetes, cremes, loções, óleos, sais para banho etc.


- Anormalidades obstrutivas ou estruturais do trato urinário como fístulas, cistocele, divertículo da uretra, tumores, estreitamentos, cálculos etc.


- Gravidez, onde o risco para o desenvolvimento de cistite é dobrado.


- Menopausa.


- Uso de sonda uretral ou instrumentação das vias urinárias.


Tratamento


Em idosos e pessoas com diabetes, uma vez que existe o risco da infecção se alastrar para os rins, e devido à alta taxa de complicação nessa população, o tratamento imediato é quase sempre recomendado. É aconselhado evitar penetração vaginal até que a infecção seja curada. Para controlar a infecção bacteriana são utilizados antibióticos. É vital que o tratamento com antibióticos, uma vez começado, seja completado. A escolha do antibiótico é preferencialmente guiada pelo resultado da cultura da urina. O monitoramento da cistite inclui culturas de urina para certificar que a bactéria não está mais presente na urina.


CÂNCER DE BEXIGA



O Que é o Câncer na Bexiga?


O câncer de bexiga ocorre quando células malignas se desenvolvem no revestimento deste órgão. Esta doença atinge mais os homens do que as mulheres. É mais comum em países desenvolvidos e representa 2% de todos os tipos de cânceres.Dentre os fatores que causam este tipo de neoplasia podemos destacar as seguintes:



- Consumo de tabaco:
as substâncias cancerígenas contidas na fumaça do cigarro vão dos pulmões para o sangue. Os rins filtram muitas destas substâncias, depositando-as na urina para posterior excreção. Calcula-se que a bexiga de um fumante de meio maço ao dia está em contato com substâncias cancerígenas 100% do tempo.



- Exposição a substâncias tóxicas (durante o trabalho) como solventes, por exemplo, que entram no organismo através de inalação.


- Esquistossomose: esta infecção produz uma irritação crônica na bexiga e, assim, pode provocar câncer.


Não existe uma sintomatologia específica deste tipo de câncer, mas dentre os sintomas é comum a detecção de urina no sangue, dor durante a micção e também podem ocorrer sintomas obstrutivos, culminando com a incapacidade de urinar.


Fatores de Risco:


Quando pensamos em alguma enfermidade, temos que pensar no que pode tê-la causado. São hábitos, situações e características que acabam por predispor a pessoa a desenvolver aquela determinada doença. A tudo isso, damos o nome de fatores de risco.


São vários os fatores de risco para câncer de bexiga. Alguns estão cientificamente comprovados, enquanto outros não passam de suposição.


Aminas Aromáticas: Essas substâncias são usadas em indústrias de tintas, borracha, têxtil, couro e em gráficas. O tempo de exposição a estas substâncias está diretamente relacionada com a maior incidência do tumor vesical.


Adoçante: Algumas pesquisas sinalizaram no sentido de que a sacarina e o ciclamato, duas substâncias usadas como adoçantes artificiais, poderiam contribuir para o aparecimento do tumor vesical. Hoje, sabemos que essas substâncias sozinhas não apresentam qualquer risco.


Predisposição: Como em muitas outras doenças, existem pessoas que apresentam uma predisposição genética. Isso não quer dizer que essas pessoas desenvolverão invariavelmente o câncer. Elas apenas apresentam um risco maior. É válido lembrar que a predisposição, quando atuando junto a outros fatores como o tabaco, aumentam muito as chances de aparecimento de uma lesão.


Estase urinária: Pessoas que apresentam doenças, como a diverticulite (bolsinha na bexiga), que retenha urina, estão comprovadamente mais sujeitas a desenvolver um tumor de bexiga. Ocorre que o maior tempo de exposição da parede do órgão a agentes carcinogênicos (que podem provocar câncer) favorece o aparecimento do tumor.


Diagnóstico


Cistoscopia


Cistoscopia é a conduta padrão no diagnóstico e acompanhamento do câncer de bexiga.


A presença de lesão compatível com câncer de bexiga à cistoscopia se correlaciona com câncer ao exame anatomopatológico, em mais de 90% dos casos. No entanto, a cistoscopia convencional não detecta cerca de 25% de tumores pequenos, inclusive Cis, o que demonstra que quando o exame é negativo, ainda assim, pode haver neoplasia em porcentual significativo de casos.


A cistoscopia pode ser otimizada com o uso de luz especial e agentes fotossensibilizadores, porém o método ainda não é difundido em nosso meio, por seu alto custo e falta de disponibilidade.


Citologia


Citologia urinária é usualmente empregada no diagnóstico de pacientes com suspeita de câncer de bexiga e no seguimento destes após terapêutica. Suas vantagens compreendem a facilidade de coleta e de não ser invasiva. Desvantagens residem na subjetividade de critérios e na experiência do citopatologista e também na baixa sensibilidade do método, ao redor de 35%, especialmente para tumores de baixo grau. Por outro lado, a especificidade do método é extremamente elevada, estando em torno de 94% o que significa que, na presença de citologia positiva, é muito alta a existência de câncer urotelial, mesmo com exame cistoscópico normal.


Marcadores tumorais


Com o propósito de diminuir a necessidade de exames invasivos (cistoscopia) no acompanhamento de pacientes tratados, diversos marcadores moleculares detectáveis na urina têm sido investigados. Uma extensão de sua utilização seria no rastreamento de populações de alto risco para câncer de bexiga.


Tais testes detectam a presença de antígenos e outras proteínas associadas a neoplasias uroteliais ou alterações genéticas associadas à proliferação tumoral.


Uma revisão sistemática recente dos marcadores urinários disponíveis para câncer de bexiga revelou que, apesar de promissores, sua acurácia ainda não é suficiente para que substituam a cistoscopia ou a citologia.


Exames de imagem


A ultra-sonografia abdominal apresenta alta sensibilidade na detecção de tumores vesicais com mais de 0,5 cm, sendo de utilidade por seu baixo custo e por não ser invasiva.


A possibilidade de se encontrar tumor transicional no trato urinário superior em casos de câncer de bexiga situa-se em torno de 1% a 4%. Nos casos de câncer de bexiga de alto grau, a ocorrência de tumor no trato urinário superior pode se elevar a cerca de 10%. Portanto, a investigação do aparelho urinário superior deve ser reservada a pacientes de alto risco, com o emprego da urografia excretora, ou preferencialmente, pela tomografia computadorizada19. A ressonância magnética fica reservada para casos especiais, como alergia ao contraste e insuficiência renal.


Ressecção transuretral


O diagnóstico definitivo destas neoplasias é realizado por meio de ressecção transuretral sob anestesia. O componente superficial do tumor deve ser ressecado separadamente de seu componente profundo (base da lesão). A fim de evitar artefatos térmicos, a base da lesão deve ser biopsiada com pinça de biópsia. Palpação bimanual deve ser realizada antes e após a ressecção da lesão, com o propósito de fornecer informações sobre a mobilidade vesical. Biópsias de mucosa vesical normal só estão indicadas na presença de citologia positiva, a fim de detectar Cis plano e na presença de tumores sésseis. Na suspeita de Cis plano vesical, biópsias de uretra prostática também devem ser realizadas.


Uma segunda ressecção transuretral deve ser realizada se o material retirado na primeira ressecção for insuficiente para avaliar apropriadamente a lesão, especialmente profundidade, também como estratégia terapêutica quando a ressecção for incompleta ou, ainda, nos casos de estadiamento T1 de alto grau, já que 27% a 62% dos pacientes apresentam tumor residual. Nestes casos, a detecção de invasão muscular aumenta em até 10% na segunda ressecção transuretral. O tratamento e o prognóstico podem ser alterados pela presença ou ausência de tumor residual.


INCONTINÊNCIA URINÁRIA


O Que é a Incontinência Urinária?


Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. Distúrbio mais frequente no sexo feminino, pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em mulheres mais jovens. Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta uretra sejam mais frágeis nas mulheres.


À medida que a bexiga vai se enchendo de urina, os receptores sensoriais presentes no interior da bexiga percebem o estiramento da parede vesical e ondas de contração vão surgindo, esses sinais sensoriais são conduzidos para os segmentos sacrais da medula espinhal pelos nervos pélvicos, voltando depois, por via reflexa, para a bexiga. À medida que a bexiga continua se enchendo os reflexos de micção tornam-se mais freqüentes mais intensos causando contrações também cada vez maiores do músculo detrusor, num ciclo repetitivo e contínuo, até que a bexiga atinja um alto grau de contração. 


Uma vez que o reflexo da micção se torne suficientemente intenso, outro reflexo é desencadeado determinado o relaxamento esfincteriano. Se esta inibição for mais potente no cérebro que os sinais constritores voluntários para o esfíncter externo, ocorrerá a micção; caso contrário , a micção não ocorrerá até que a bexiga se encha ainda mais e a micção reflexa se torne mais intensa.


Causas:


A eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser comprometida nas seguintes situações:


* Comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;


* Gravidez e parto;


* Tumores malignos e benignos;


* Doenças que comprimem a bexiga;


* Obesidade;


* Tosse crônica dos fumantes;


* Quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;


* Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;


* Procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.


Fatores:


Parto Vaginal:
Por trauma neuromuscular ao assoalho pélvico e/ou descolamento da fáscia pubocervical, por estiramento ou compressão mecânica dos nervos pélvicos. Lesões causadas mais freqüentemente durante a segunda fase do trabalho de parto.


Deficiência Estrogênica:
O trato urinário inferior é rico em receptores de estrogênio, que faz quando são estimulados, um aumento do fluxo sangüíneo do plexo artério-venoso e o fluxo sangüíneo aumentado melhora a coaptação da mucosa uretral e aumenta sua pressão, promovendo a continência. A deficiência de estrogênio pode ser um fator que contribui para a incontinência urinária em mulheres na menopausa.


Tabagismo:
O tabagismo pode agravar a incontinência por vários fatores:
-    danos às sustentações uretrais e vaginais pela tosse crônica
-    alterações na síntese e na qualidade de colágeno
-    contrações do detrusor induzidas pela nicotina do cigarro.
-    Efeitos anti-estrogênicos que diminuem a atividade dos receptores adrenérgicos no esfíncter uretral interno.


Diagnóstico


É um termo genérico que compreende o estudo funcional da bexiga e/ou uretra. Fazem parte desse exame a fluxometria, cistometria, estudo fluxo/pressão, a eletromiografia, perfil pressórico uretral e a pressão de perda.
Tem particular importância na determinação da causa da incontinência urinária, na terapêutica , apesar de ser um exame invasivo e agressivo, utilizar como instrumento para sua execução sondas intra uretral e a paciente se expor durante o exame urinando na presença de pessoas estranhas, constitui-se na abordagem diagnóstica mis segura da Incontinência Urinária.


Dicas:


Procure um médico para diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária que você apresenta;


Não pense que incontinência urinária é um mal inevitável na vida das mulheres depois dos 50, 60 anos. Se o distúrbio for tratado como deve, a qualidade de vida melhorará muito;


Considere os fatores que levam á incontinência urinária do idoso – uso de diuréticos, ingestão hídrica, situações de demência e delírio, problemas de locomoção – e tente contorná-los. Às vezes, a perda de urina nessa faixa de idade é mais um problema social do que físico;


Evitar a obesidade e o sedentarismo, controlar o ganho de peso durante a gestação, praticar exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico, são medidas que podem ser úteis na prevenção da incontinência urinária.

2 comentários

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Unknown
admin
13 de janeiro de 2013 às 18:57 ×

Achei interessante o post, e tive vários problemas com cistite, eu achei várias dicas nesse site também http://www.cistiteintersticial.com.br/ dá pra opinar e tudo. Fica a dica.

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12 de agosto de 2013 às 06:58 ×

seguindo aqui seu blog retribui por favor ta
http://purorosinhapink.blogspot.com

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