Você já ouviu falar da Apendicite Aguda?

Denise Mendes
do UNIVERSO FEMININO


Você já ouviu falar em Apendicite Aguda? O Nome parece complicado, nossa coluna procurou explicações médicas sobre este mal chamado Apendicite Aguda.





Afinal, O Que é Apendicite Aguda?


'' Apendicite aguda é o nome dado à inflamação e a infecção do apêndice cecal. O apêndice cecal é uma extensão do intestino (ceco), com 6 a 10cm de extensão, que se situa no lado direito e inferior do abdome. A inflamação do apêndice ocorre devido à obstrução do seu interior por fecalitos (fezes). Devido a esta obstrução, ocorre uma grande proliferação de bactérias, e assim instala-se um processo infeccioso, que pode ser leve ou intenso, dependendo do tempo em que o tratamento será realizado.'', afirma Dr. Fernando Valério, especialista em Cirurgia Digestiva e Proctologia.


Os Sintomas


'' O diagnóstico da apendicite aguda é feito, primeiramente, baseando-se nos sintomas referidos pelo paciente e no exame físico realizado pelo médico. A historia típica da apendicite é a de dor generalizada do abdome, associada à perda de apetite e náusea. Com o passar do tempo, a dor se instala na região epigástrica (estômago), seguindo para a região do umbigo, até finalmente se localizar na parte inferior e direita do abdome. Nesta fase, vômitos podem ocorrer. Em geral ocorre febre baixa (até 38 °C), elevando-se nos casos de perfuração do apêndice (“supurado”). Ao exame físico, o paciente refere dor à palpação da parte inferior direita do abdome, com freqüente endurecimento da parede abdominal neste local. Os movimentos intestinais ficam mais lentos, o que é percebido pela distensão abdominal, pela diminuição da eliminação de gases e fezes, e pela diminuição dos ruídos intestinais. Nos casos de perfuração do apêndice, com contaminação de toda a cavidade abdominal com pus, todo o abdome ficará dolorido.'', afirma o especialista.


Exames


''A maioria dos pacientes com apendicite aguda mostra alteração no hemograma, caracterizada por aumento do número das células de defesa (leucócitos), que variam de 10000 a 20000 células (o normal é de até 10000 células). O exame de urina também pode mostrar alteração, devido ao contato do apêndice inflamado com o ureter e a bexiga. Quanto aos exames de imagem, os mais utilizados atualmente são a ultra-sonografia e a tomografia computadorizada de abdome. Estes exames mostram o espessamento do apêndice e a presença de pus ao seu redor (abscesso). Além disso, estes exames também são úteis para o diagnóstico de outras doenças que causam dor abdominal, e que podem ser confundidas com apendicite, principalmente nas mulheres (cisto de ovário, gravidez tubária). Os estudos atuais mostram que a tomografia computadorizada mostra maior eficácia do que a ultra-sonografia para os diagnósticos de apendicite aguda.'', afirma Dr. Fernando Valério.


Tratamento


''O tratamento da apendicite é a retirada do apêndice, cirurgia chamada de apendicectomia. No entanto, devido ao quadro infeccioso associado, todos os pacientes devem receber antibióticos, tanto no período pré-operatório, quanto no pós-operatório. Atualmente, o método indicado para a realização da apendicectomia é a cirurgia vídeo-laparoscópica, realizada através de 3 pequenas incisões, e com o auxílio de um monitor. Este tipo de cirurgia permite uma recuperação mais rápida, devido ao pequeno tamanho das incisões, além de um melhor efeito estético. Além disso, a cirurgia vídeo-laparoscópica permite a inspeção de toda a cavidade abdominal, excluindo-se assim, outras causas de dor abdominal. Nos casos em que há um grande abscesso, há a necessidade de colocação de dreno para o completo esvaziamento do pus da cavidade abdominal. O tempo de internação varia de 24 a 72 horas em média, dependendo sempre do aspecto do apêndice e da presença de pus no momento da cirurgia.'', afirma o especialista.


Serviço:
Rua Afonso Braz, 900 cj.164
Vila Nova Conceição - São Paulo
(11) 3849.3377

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