Helena Lima
Os hábitos alimentares dos brasileiros pioraram nos últimos quatro anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 46,6% da população do País tem excesso de peso. A Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada entre 2006 e 2009 pelo órgão, apontou que o maior aumento foi na população feminina, 22%. O ministério levantou que 42,3% das brasileiras estão acima do peso, sendo que 14% delas são obesas.
A enfermeira e coordenadora de um grupo de acompanhamento para pessoas obesas do Hospital São Francisco, Andressa Gobbo, conta que há mais mulheres do que homens no grupo. "Elas são mais vaidosas e por isso procuram tratamento. Além da parte nutricional, também cuidamos da parte psicológica" , disse. Andressa acredita que esse aumento deve-se à mudança no estilo de vida das mulheres. "Agora elas não cuidam somente da casa, mas também trabalham e estudam. Isso encurta o tempo no dia-a-dia e a atividade física fica de lado" , contou.
Segundo a nutricionista Michele Ferreira Picolo, a cirurgia de redução de estômago é a última opção e o correto é a mudança de hábitos. "Nesse corre-corre, as mulheres não têm tempo de preparar uma refeição saudável e buscam pelo fast food" , disse. Além disso, o pouco tempo para as refeições também contribui para o aumento de calorias. "É necessário uma mastigação bem feita. Se o almoço é ingerido muito rapidamente, o cérebro não cria a sensação de satisfação e a pessoa acaba comendo mais" , explicou Michele.
Para uma boa alimentação, é preciso que não haja um intervalo muito pequeno nem muito grande entre as refeições. "O correto é um tempo mínimo de duas horas e máximo de quatro. O erro é esperar a fome chegar para comer" , disse a nutricionista. Esse tempo é para que o corpo consiga digerir o alimento. "Se a pessoa demora muito para fazer a próxima refeição, a comida se transforma em gordura" , contou Michele.
Regimes Efeitos Sanfona
Na busca pelo emagrecimento, muitas pessoas acima do peso ou mesmo obesas procuram por diversos regimes. Esse foi o caso da advogada Maria Conceição do Nascimento, que antes de procurar acompanhamento nutricional tentou todo tipo de dieta. "Aí você começa o efeito sanfona, ou seja, engorda e emagrece" , disse. Segundo Maria, depois de algum tempo nessa rotina ela percebeu que o que precisava mudar era a sua educação alimentar. "Depois de muito sofrimento me conscientizei que precisava reaprender a comer" , disse.
Depois de 12 semanas no grupo de acompanhamento a obesas, a advogada baixou de 108kg para 101kg. "O processo é lento, mas é assim que funciona" , contou. Segundo Maria, durante 20 anos a alimentação não foi prioridade no seu dia-a-dia. "Era trabalho, estudo e bem estar dos meus filhos, comia qualquer coisa no bar da esquina. Hoje trago frutas e legumes para o trabalho."
As vitimas da obesidade.
Os hábitos alimentares dos brasileiros pioraram nos últimos quatro anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 46,6% da população do País tem excesso de peso. A Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada entre 2006 e 2009 pelo órgão, apontou que o maior aumento foi na população feminina, 22%. O ministério levantou que 42,3% das brasileiras estão acima do peso, sendo que 14% delas são obesas.
A enfermeira e coordenadora de um grupo de acompanhamento para pessoas obesas do Hospital São Francisco, Andressa Gobbo, conta que há mais mulheres do que homens no grupo. "Elas são mais vaidosas e por isso procuram tratamento. Além da parte nutricional, também cuidamos da parte psicológica" , disse. Andressa acredita que esse aumento deve-se à mudança no estilo de vida das mulheres. "Agora elas não cuidam somente da casa, mas também trabalham e estudam. Isso encurta o tempo no dia-a-dia e a atividade física fica de lado" , contou.
Segundo a nutricionista Michele Ferreira Picolo, a cirurgia de redução de estômago é a última opção e o correto é a mudança de hábitos. "Nesse corre-corre, as mulheres não têm tempo de preparar uma refeição saudável e buscam pelo fast food" , disse. Além disso, o pouco tempo para as refeições também contribui para o aumento de calorias. "É necessário uma mastigação bem feita. Se o almoço é ingerido muito rapidamente, o cérebro não cria a sensação de satisfação e a pessoa acaba comendo mais" , explicou Michele.
Para uma boa alimentação, é preciso que não haja um intervalo muito pequeno nem muito grande entre as refeições. "O correto é um tempo mínimo de duas horas e máximo de quatro. O erro é esperar a fome chegar para comer" , disse a nutricionista. Esse tempo é para que o corpo consiga digerir o alimento. "Se a pessoa demora muito para fazer a próxima refeição, a comida se transforma em gordura" , contou Michele.
Regimes Efeitos Sanfona
Na busca pelo emagrecimento, muitas pessoas acima do peso ou mesmo obesas procuram por diversos regimes. Esse foi o caso da advogada Maria Conceição do Nascimento, que antes de procurar acompanhamento nutricional tentou todo tipo de dieta. "Aí você começa o efeito sanfona, ou seja, engorda e emagrece" , disse. Segundo Maria, depois de algum tempo nessa rotina ela percebeu que o que precisava mudar era a sua educação alimentar. "Depois de muito sofrimento me conscientizei que precisava reaprender a comer" , disse.
Depois de 12 semanas no grupo de acompanhamento a obesas, a advogada baixou de 108kg para 101kg. "O processo é lento, mas é assim que funciona" , contou. Segundo Maria, durante 20 anos a alimentação não foi prioridade no seu dia-a-dia. "Era trabalho, estudo e bem estar dos meus filhos, comia qualquer coisa no bar da esquina. Hoje trago frutas e legumes para o trabalho."
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