Maleficios Psicólogicos: Fobias, Traumas

Helena Lima



Muitas vezes não sabemos lidar com os nossos maleficios
psicológicos, as vezes eles nos ensina a mostrar os nossos
limites.



A partir de certa altura, as pessoas começaram a utilizar termos psicológicos a torto e a direito, sem na maioria das vezes, perceberem muito bem aquilo que estão dizendo. Ou seja, para o bem ou para o mal, a psicologia passou a entrar na vida do comum dos mortais.

Por isso, não é raro ouvirmos frases do tipo “Não tenho fobia das compras”, “Não tenho fobia de isso....”, quando se pretende dizer que não tem mania das compras ou não está preocupado... o termo “fobia” serve para designar um medo excessivo e irracional que sentimos quando estamos perante um determinado estimulo, objeto ou situação.

Muitas pessoas têm medo de aranhas por exemplo, o que significa sofrer de aracnofobia, ou medo de estar em locais fechados, o que representa ter uma claustrofobia.

Outro exemplo tem a ver com o conceito de trauma. Por tudo e por nada, ouve dizer que fulano ou sicrano ficou traumatizado, como forma de justificar atitudes e comportamentos menos adequados. Felizmente que as coisas a nível psicológico, não se processam dessa maneira.

O mecanismo do trauma

Ficar traumatizado com algo, significa que passamos por uma situação tão violenta em termos psicológicos, que nos deixou marcas para todo o sempre. Contudo, existem muitos fatores que influenciam a formação do trauma.

Digamos que tudo se passa como quando éramos crianças e decidimos aprender a andar de bicicleta. Certamente que demos algumas quedas, ficámos com os joelhos feridos, choramos e receamos que a experiência se repetisse. Mas não foram esses episódios desastrosos que nos fizeram recuar.

A nossa mãe nos carinhou, disse que tudo isso era normal e até fazia parte do processo de aprendizagem. Nos dias seguintes, ainda doridos, não quisemos nem sequer colocar a hipótese de voltar a andar mas, passado um tempo arriscámos de novo e, se a experiência foi agora mais positiva, a anterior passou a ser história.

No entanto, se após a queda, não existiu ninguém por perto para apoiar e carinhar ou, no caso de ter existido alguém, a atitude foi de incutir ainda mais medo, certamente a má experiência não será ultrapassada. Sempre que pensarmos no assunto ou virmos uma bicicleta a angustia vai surgir. Podemos então dizer que ficamos traumatizados!

Este exemplo serve bem, a meu ver, para ilustrar a questão do trauma. É certo e sabido que as experiências negativas podem ser utilizadas em dois sentidos opostos, ou para conhecermos os nossos limites e aprendermos a lidar com as agruras da vida, ou então para nos fragilizarem.

Quantas pessoas conhecem que viveram uma infância complicada e que, na idade adulta se tornam adultos equilibrados? Os psicólogos chamam de resilientes. Em contrapartida, outros cuja vida foi linear, sem grandes sobressaltos, transformam em adultos angustiados e inseguros.

A resiliência é, então, a capacidade de ultrapassar situações negativas e aproveitá-las no sentido positivo.

Os outros, os que poderiam ter ficado traumatizados ou esmagados com o passado, sempre dão lições de vida!

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