Mulher e Dinheiro

Daniela Silva



A Mulher e o Dinheiro: Poupar e investir


Como a mulher lida com o dinheiro nas diversas fases da vida? Uma pesquisa realizada pelo Instituto Sophia Mind traçou o perfil das finanças da mulher brasileira apontou algumas diferenças e semelhanças na maneira de poupar e investir, de acordo com a idade. Em todas as faixas etárias, menos da metade poupa, com uma média de 46%. A maioria também não se preocupa com a aposentadoria. Para se ter ideia, entre as mulheres com mais de 50, apenas 23,15% possuem um plano. Quando o assunto são os gastos evitáveis, quem tem menos de 25 anos tende a desembolsar mais com moda (35% do total). Após os 30 anos, produtos e serviços (24%) para a casa ocupam o primeiro lugar na lista dos desembolsos.

Quase metade das pesquisadas (46%) afirmaram investir anualmente entre 5% e 30% ou mais de sua renda. "Essa foi uma média verificada em todas as faixas de idade. Não é uma média ruim. Ao contrário, é um percentual alto, considerando que a mulher está inserida no mercado de trabalho hápouco tempo", comenta Bruno Maleta, sócio da Sophia Mind, empresa de pesquisa e inteligência de mercado do grupo Bolsa de Mulher. O principal objetivo apontado por elas para os investimentos de longo prazo é a compra ou reforma de imóvel. No entanto, essa preocupação fica mais acentuada entre as mulheres com menos de 30 anos (38%). Acima dos 40, a maioria (33%) não tem um objetivo específico para poupar e investir.

Entre as mulheres investidoras, quase um terço (27%) faz investimentos com regularidade. Outros 28% das mulheres investem eventualmente, quando há sobra de rendimentos. O estudo também concluiu que as mulheres não estão preocupadas com a aposentadoria. No total, 73% delas não contam com nenhum plano de aposentadoria. No grupo das mulheres de até 25 anos, este percentual sobe para 85%. Nem mesmo as que já passaram dos 50 anos: aproximadamente 55% das entrevistadas nessa faixa etária ainda não possuem um plano definido.

Dentre os gastos evitáveis, os itens ligados à moda são os mais consumidos (26%), seguidos de perto por entretenimento (bares, restaurantes, danceterias) e produtos ou serviços para a casa (20% e 17% respectivamente). Os gastos com beleza ficaram em quarto lugar no ranking geral feminino. As mulheres mais novas, de até 25 anos, gastam mais com itens da moda (34%). Já entre 26 e 30 anos os maiores gastos são divididos entre moda e entretenimento e, após os 30 anos, produtos e serviços para a casa representam os maiores gastos evitáveis (24%).

Apesar do alto poder de decisão de compra das mulheres e sua influência no orçamento familiar (77% decidem pelo menos metade dos gastos domésticos), os homens ainda são os maiores responsáveis pelo pagamento das despesas da casa. No quesito participação feminina no pagamento das despesas domésticas, 39% das mulheres casadas afirmam que não contribuem ou contribuem muito pouco na divisão das contas da casa. A pesquisa analisou o perfil de 2.096 brasileiras das cinco regiões do país, durante o segundo semestre de 2009.

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