Dormir pouco pode danificar os rins, diz estudo

do UNIVERSO FEMININO, em BRASÍLIA, (DF)

De acordo com um estudo, a falta de sono pode ser uma porta de entrada para a doença renal em mulheres.
Foto: Getty Images

De acordo com um estudo, a falta de sono pode ser uma porta de entrada para a doença renal em mulheres. Pesquisadores de Boston, nos Estados Unidos, avaliaram os hábitos de sono de milhares de mulheres. As mulheres que dormiam cinco horas ou menos por dia tinham 65% maior de risco de rápido declínio da função renal, em comparação com as mulheres que dormiam sete a oito horas por noite.

"Isso é preocupante porque, como uma população em geral a quantidade de sono que estamos recebendo tem diminuído ao longo dos últimos 20 anos.", disse o pesquisador Dr.Ciaran McMullan.

De acordo com o pesquisador, não se sabe se dormir mais tempo melhora a função renal ou reverte danos causados ​​pelo sono encurtado. O pesquisador disse que este estudo só pode mostrar que a diminuição da função renal está associada com menos sono. 

A ligação entre o sono reduzido e a função renal diminuída pode ser o resultado de condições médicas que afetam a função renal, como diabetes e pressão arterial elevada. "Diabetes ocorre mais freqüentemente em pessoas que dormem menos, assim como a pressão arterial elevada.", disse McMullan. "Sabemos que dois dos maiores fatores que diminuem a função renal são diabetes e pressão arterial elevada.", completa.

Segundo o pesquisador, ritmos naturais do corpo, o chamado 'relógio circadiano' pode desempenhar um papel. De acordo com o pesquisador, o rim é programado para funcionar de forma diferente durante a noite do que durante o dia, porque as exigências sobre o corpo são diferentes. "Talvez sono curto altera a fisiologia do rim durante o ciclo diário, e estas alterações podem danificar o rim.", disse o pesquisador.

Para especialistas a ligação entre o sono encurtado e a doença renal 'é novidade'. Os especialistas disseram serem muito cautelosos ao darem conselhos a seus pacientes com base neste estudo. Os especialistas acrescentaram que pessoas que dormem pouco, ou dormem muito estão em risco de certos distúrbios.

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