Mulheres com quatro ou mais filhos tem maior risco cardiovascular

ANA MARIA CISOTO
do PORTAL UNIVERSO, em Nova Iorque, (EUA)



Mulheres com quatro ou mais filhos tem maior risco
cardiovascular
Segundo um estudo apresentado numa conferência do Colégio Americano de Cardiologia, a formação de depósitos nas artérias, ou aterosclerose, um sinal antecipado de doença cardiovascular, é muito mais comum em mulheres que tiveram quatro ou mais filhos do que em mulheres que só tiveram dois ou três. Segundo os pesquisadores, os resultados podem ajudar a desenvolver rastreio e intervenções para as mulheres com vários filhos, que podem não ter noção dos riscos cardiovasculares acrescidos.

"A gravidez é considerada uma ocasião monumental na vida de uma mulher e 
normalmente é pontuada pelo nascimento de um filho. No netanto, recentemente percebeu que a gravidez também pode funcionar como uma bola de cristal, permitindo ver o futuro risco cardiovascular de uma mulher, e que as mudanças associadas à gravidez podem ter um impacto de 
mais longo prazo na saúde da mulher.", afirma a pesquisadora Monika Sanghavi, cardiologista no Centro Médico da Universidade do Texas.


O estudo pesquisou 1.600 mulheres com 45 anos de idade. Segundo a pesquisa, os níveis mais baixos de aterosclerose foram encontrados nas mulheres que tinham tido dois ou três filhos. Ainda de acordo com os pesquisadores, a prevalência de aterosclerose subclínica em mulheres com dois a três filhos era de 11%, enquanto nas mulheres com quatro ou mais filhos subia para 27%.

A médica cardiologista Monika Sanghavi,
 que participou do estudo.
Os pesquisadores descobriram também níveis elevados –15% - de endurecimento das artérias em mulheres que nunca tinham tido filhos ou que tinham apenas um. Para os pesquisadores, a gravidez provoca uma série de mudanças no corpo, mais sangue em circulação, mais resistência à 
insulina, maiores níveis de colesterol, os pesquisadores querem explorar se algum destes fatores contribui para uma pior saúde cardiovascular em algumas mulheres.

Em mulheres sem filhos ou com um filho apenas, por exemplo, os pesquisadores consideram necessário mais estudos para perceber se existe algum problema que as impede de engravidar e simultaneamente as predispõe para as doenças cardiovasculares.

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