Prevalência da Cesária é maior em mulheres que fazem pré-natal

Jordana Cunha dos Santos

O número crescente de cesarianas é considerado um problema mundial. Diante disso, Gilberto Kac, do Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e colegas desenvolveram um estudo transversal em 2006 e 2007 como parte da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher para estimar a frequência e fatores associados à cesariana no Brasil. Os resultados foram publicados este ano na Acta Obstetricia & Gynecologica Scandinavica.

Os autores contam no artigo que utilizaram dados socioeconômicos e demográficos, incluindo idade materna, nível educacional, renda per capita, cor da pele, tabagismo, estado civil, idade ao primeiro parto, paridade e tipo de serviços de pré-natal.

Segundo o grupo, a prevalência de cesariana foi de 43,9%, entretanto, entre as mulheres que tinham renda per capita superior a US$ 125 dólares por mês a prevalência de cesariana foi de 68,7%. Já entre aquelas que realizaram pré-natal particular ou através de convênio de saúde, a prevalência de cesariana foi de 77,2%.

Após fazer ajustes estatísticos, os autores perceberam que macrorregião, idade materna acima de 25 anos, ter 9 anos ou mais de estudo, pré-natal particular ou por convênio de saúde e paridade (primípara - primeiro parto) foram variáveis que apresentaram taxas de prevalência significativas.

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