A Diabete: Algumas dúvidas

Jordana Cunha dos Santos



Tire todas as suas dúvidas sobre a Diabete.



Qual é a diferença entre diabetes tipo 1 e 2?

No diabetes tipo 1 (DM1), o corpo não produz insulina. No diabetes tipo 2 (DM2), o corpo não produz insulina suficiente, e a insulina não consegue exercer seu efeito normal nas células (resistência à insulina).

A insulina é necessária para que o corpo seja capaz de utilizar a glicose (principal açúcar do sangue). A glicose é o combustível básico para as células, e a insulina faz com que a glicose passe do sangue para o interior das células, onde será utilizada (“queimada”) para produzir a energia que mantém as células vivas. Quando a glicose se acumula no sangue, ao invés de entrar nas células, isso causa 2 problemas principais:

a) as células podem sofrer devido à falta de energia, visto que não conseguem captar a glicose do sangue para seu aproveitamento;


b) ao longo do tempo, níveis altos de glicose no sangue podem causar lesões nos olhos, rins, nervos e no coração.

Quais são os Principais sintomas da Diabete?

- sede excessiva (polidipsia);
- fome excessiva (polifagia – especialmente após as refeições);
- boca seca;
- urinar muito e muitas vezes (poliúria);
- perda de peso inexplicada (mesmo comendo exageradamente);
- fadiga, cansaço, fraqueza;
- visão “borrada” ou turva;
- adormecimento ou formigamento das mãos ou pés;
- perda de consciência.

Os sintomas do diabetes tipo 1 e os do diabetes tipo 2 são muito semelhantes. No entanto, no diabetes tipo 1, o aparecimento dos sintomas costuma ser mais rápido (dias a semanas), e eles podem ser muito mais severos e incômodos. No diabetes tipo 2, é muito comum que os pacientes não percebam sintoma nenhum (ou seja, os pacientes são assintomáticos, o que ocorre em 50% dos casos do tipo 2). Quando os sintomas do DM2 aparecem, eles podem se desenvolver de uma maneira muito lenta e gradual (ao longo de meses ou anos). Assim, quando o paciente com diabetes tipo 2 procura atendimento médico pela primeira vez, é possível que ele já apresente diabetes há muitos anos, podendo até mesmo apresentar complicações da doença. Por isso, os sintomas do diabetes tipo 2 podem incluir:

- dificuldade na cicatrização de cortes ou feridas;
- coceira na pele (principalmente na região vaginal ou na virilha);
- infecções por fungos (micoses);
- ganho de peso recente;
- manchas escuras na pele, com aspecto de veludo, em regiões de dobras (pescoço, axilas, virilhas) – a chamada acantose nigricans.

Na presença de qualquer um ou de vários desses sintomas, o indivíduo deverá procurar imediatamente seu médico para testar, através de exames, a presença ou não de diabetes.

A Pergunta mais feita: Muito açucar causa Diabete?

Comer muito açúcar, por si só, não provoca diabetes, ao contrário do que muitas pessoas imaginam. No entanto, comer muito açúcar pode levar ao ganho excessivo de peso, e a obesidade é uma das causas mais comuns de diabetes. Comer muito açúcar também pode causar doenças dentárias (cáries).

Existe Cura?

No momento, não. Ainda não foi descoberta a cura para o diabetes. No entanto, o diabetes, assim como muitas outras doenças crônicas (como a pressão alta, o colesterol alto etc.) pode ser tratado e controlado. A maioria das pessoas com diabetes pode levar uma vida completamente saudável e normal, desde que não descuide do seu tratamento. A falta de tratamento adequado do diabetes pode levar a complicações sérias a longo prazo, tais como:

- doença do coração (infarto do miocárdio, angina);
- doenças dos rins (insuficiência renal, às vezes com necessidade de hemodiálise);
- pressão alta (hipertensão arterial);
- doenças dos olhos (retinopatia diabética, catarata, cegueira);
- doenças dos dentes e gengivas;
- feridas e infecções sérias nos pés, algumas vezes necessitando de amputações.

Pode-se misturar comprimidos com insulina para o controle do açúcar no sangue?

Sim. A combinação de insulina (injetável) com medicações via oral (antidiabéticos orais), quando feita da forma prescrita pelo médico, é muito segura e pode ser muito efetiva em controlar os níveis de glicose do diabético. Uma combinação típica consiste em tomar as medicações via oral (comprimidos) durante o dia e uma dose de insulina à noite. Uma vez que o diabético comece a usar insulina, é importante que ele faça medidas mais freqüentes dos seus níveis de glicemia, usando fitas e aparelhos glicosimetros, para reduzir o risco de queda da glicose sanguínea (hipoglicemia).

Terapias combinadas são freqüentemente úteis para pessoas com diabetes tipo 2. Se o paciente estiver tomando uma medicação via oral para controle do diabetes, seu médico pode mudar o esquema de tratamento para incluir uma ou mais doses de insulina. Essa mudança muitas vezes ajuda o paciente a obter melhor controle dos níveis de açúcar no sangue

Se minha mãe ou pai é portador de diabetes, isso significa que eu vou ser diabético também?

O diabetes pode ser herdado (passado dos pais para os filhos). Isso significa que se uma pessoa tem pais diabéticos, há uma probabilidade maior de que essa pessoa também se torne diabética. Mas isso não é uma certeza; se essa pessoa tiver um hábito de vida saudável (alimentação balanceada, exercício físico regular, peso corporal normal) pode ser que ela nunca chegue a desenvolver diabetes. Ou seja: ter pais diabéticos não significa que você vai ser diabético também, mas faz com que as suas chances de apresentar diabetes seja maior do que as chances de quem não tem diabéticos na família.

O diabetes pode causar infertilidade?

O mau controle glicêmico (ou seja, o diabetes que não está sendo tratado adequadamente) está associado a um risco maior de aborto nos primeiros três meses de gravidez. Além disso, mulheres diabéticas do tipo 2 freqüentemente são obesas ou portadoras da síndrome dos ovários micropolicísticos, que dificultam a concepção.

Serviço:
Medscape

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