Jordana Cunha dos Santos
A malária ou paludismo é a doença tropical de maior importância e a segunda doença infecciosa mais mortal, imediatamente a seguir à tuberculose.
Em muitas regiões tropicais, e especialmente em África, é responsável por uma elevada mortalidade e morbilidade.
Sem profilaxia, o risco é mais elevado quando o destino da viagem se situa nos países da África Sub-Sahariana e Oceania, intermédio quando o destino fica situado no sul da Ásia e relativamente baixo nos países da América do Sul e do sudeste Asiático. Para além da geografia, áreas urbanas ou rurais e actividades a desenvolver pelo viajante, factores como a época do ano e a altitude do local de destino (a transmissão é rara acima dos 2000 metros) influenciam o risco de transmissão.
Os perigos de transmissão
A malária é provocada por parasitas do género Plasmodium. Quatro espécies podem provocar a doença no homem, mas a mais importante é Plasmodium falciparum, capaz de causar os quadros clínicos de maior gravidade e mortalidade. No entanto, é uma doença curável se for rapidamente diagnosticada e tratada.
Embora possa ser transmitida, muito raramente, por via transfusional, trans-placentária, durante a compartilhar seringas ou em acidentes de laboratório, a sua transmissão faz-se principalmente pela picada de fêmeas de mosquitos Anopheles. A malária assume um aspecto sazonal, coincidindo com a estação das chuvas que fornece água para o desenvolvimento do mosquito, assim como o calor e a humidade necessários à sua sobrevivência. O Anopheles fêmea prefere picar durante o crepúsculo, noite e amanhecer.
Os sintomas que exigem cuidados
O acesso simples de malária começa por febre, por vezes, acompanhada por calafrios. Quando a febre baixa, surge uma sensação de calor intenso e sudorese profusa. Estes sintomas são acompanhados de dores de cabeça intensas, falta de força, de apetite, dores musculares e articulares.
Nas crianças são frequentes náuseas, vómitos e diarreia. A febre é o sintoma mais importante. Existem casos que afectam o sistema nervoso central (a malária cerebral) e falências multiorgânicas, incluindo quadros respiratórios, renais e metabólicos.
A anemia severa e hipoglicémia complicam os quadros clínicos graves que requerem um diagnóstico rápido e um tratamento eficaz para evitar a morte.
Como prevenir
Esta engloba um conjunto de medidas que protejam o indivíduo da infecção e/ou do desenvolvimento da doença. A proteção contra a infecção contempla medidas como o uso de roupas compridas e largas, repelente de insetos, redes mosquiteiras impregnadas, fumigações com inseticidas ou tratamento do terreno para controlar a transmissão.
A proteção contra o desenvolvimento da doença no indivíduo infectado é feita através de profilaxia com alguns medicamentos antimaláricos, que devem ser sempre receitados pelo médico. A profilaxia antimalárica inicia-se na semana anterior à viagem, se mantém durante toda a estadia e termina no fim da quarta semana após o regresso.
A profilaxia antimalárica não impede a doença mas impede as suas formas graves.
Como o período mínimo de incubação da doença é de cerca de oito dias, viajantes com apenas uma semana de estadia não irão adoecer com malária durante a viagem, mas sim após o regresso.
Quem permanecer mais de uma semana nas áreas de risco deve saber que há a possibilidade de poder ter malária e recorrer aos cuidados médicos para o seu diagnóstico e tratamento. Os viajantes com estadia em área endémica de malária, tenham ou não feito profilaxia antimalárica, devem recorrer ao médico caso tenham sintomatologia compatível, nos seis meses após o regresso.
Cuidados redobrados
Não existem medidas 100 por cento eficazes para a prevenção desta doença. Pode ser tratada de forma eficaz no seu início, mas os atrasos podem ser graves ou mesmo fatais. Deve procurar observação médica imediata se tiverem febre durante o período de viagem ou após a visita a uma área de malária.
Se houver um correto diagnóstico e tratamento a pessoa nunca mais terá a infecção, a menos que volte a ser picada por um Anopheles infectado com o parasita da malária. A malária não se transmite com a ingestão de águas ou alimentos contaminados, nem de pessoa a pessoa. O efeito protetor do medicamento termina pouco tempo depois da última toma.
Entenda melhor sobre a Malária e seus riscos a nossa Saúde, Saiba como se
proteger e garantir a proteção de sua família.
A malária ou paludismo é a doença tropical de maior importância e a segunda doença infecciosa mais mortal, imediatamente a seguir à tuberculose.
Em muitas regiões tropicais, e especialmente em África, é responsável por uma elevada mortalidade e morbilidade.
Sem profilaxia, o risco é mais elevado quando o destino da viagem se situa nos países da África Sub-Sahariana e Oceania, intermédio quando o destino fica situado no sul da Ásia e relativamente baixo nos países da América do Sul e do sudeste Asiático. Para além da geografia, áreas urbanas ou rurais e actividades a desenvolver pelo viajante, factores como a época do ano e a altitude do local de destino (a transmissão é rara acima dos 2000 metros) influenciam o risco de transmissão.
Os perigos de transmissão
A malária é provocada por parasitas do género Plasmodium. Quatro espécies podem provocar a doença no homem, mas a mais importante é Plasmodium falciparum, capaz de causar os quadros clínicos de maior gravidade e mortalidade. No entanto, é uma doença curável se for rapidamente diagnosticada e tratada.
Embora possa ser transmitida, muito raramente, por via transfusional, trans-placentária, durante a compartilhar seringas ou em acidentes de laboratório, a sua transmissão faz-se principalmente pela picada de fêmeas de mosquitos Anopheles. A malária assume um aspecto sazonal, coincidindo com a estação das chuvas que fornece água para o desenvolvimento do mosquito, assim como o calor e a humidade necessários à sua sobrevivência. O Anopheles fêmea prefere picar durante o crepúsculo, noite e amanhecer.
Os sintomas que exigem cuidados
O acesso simples de malária começa por febre, por vezes, acompanhada por calafrios. Quando a febre baixa, surge uma sensação de calor intenso e sudorese profusa. Estes sintomas são acompanhados de dores de cabeça intensas, falta de força, de apetite, dores musculares e articulares.
Nas crianças são frequentes náuseas, vómitos e diarreia. A febre é o sintoma mais importante. Existem casos que afectam o sistema nervoso central (a malária cerebral) e falências multiorgânicas, incluindo quadros respiratórios, renais e metabólicos.
A anemia severa e hipoglicémia complicam os quadros clínicos graves que requerem um diagnóstico rápido e um tratamento eficaz para evitar a morte.
Como prevenir
Esta engloba um conjunto de medidas que protejam o indivíduo da infecção e/ou do desenvolvimento da doença. A proteção contra a infecção contempla medidas como o uso de roupas compridas e largas, repelente de insetos, redes mosquiteiras impregnadas, fumigações com inseticidas ou tratamento do terreno para controlar a transmissão.
A proteção contra o desenvolvimento da doença no indivíduo infectado é feita através de profilaxia com alguns medicamentos antimaláricos, que devem ser sempre receitados pelo médico. A profilaxia antimalárica inicia-se na semana anterior à viagem, se mantém durante toda a estadia e termina no fim da quarta semana após o regresso.
A profilaxia antimalárica não impede a doença mas impede as suas formas graves.
Como o período mínimo de incubação da doença é de cerca de oito dias, viajantes com apenas uma semana de estadia não irão adoecer com malária durante a viagem, mas sim após o regresso.
Quem permanecer mais de uma semana nas áreas de risco deve saber que há a possibilidade de poder ter malária e recorrer aos cuidados médicos para o seu diagnóstico e tratamento. Os viajantes com estadia em área endémica de malária, tenham ou não feito profilaxia antimalárica, devem recorrer ao médico caso tenham sintomatologia compatível, nos seis meses após o regresso.
Cuidados redobrados
Não existem medidas 100 por cento eficazes para a prevenção desta doença. Pode ser tratada de forma eficaz no seu início, mas os atrasos podem ser graves ou mesmo fatais. Deve procurar observação médica imediata se tiverem febre durante o período de viagem ou após a visita a uma área de malária.
Se houver um correto diagnóstico e tratamento a pessoa nunca mais terá a infecção, a menos que volte a ser picada por um Anopheles infectado com o parasita da malária. A malária não se transmite com a ingestão de águas ou alimentos contaminados, nem de pessoa a pessoa. O efeito protetor do medicamento termina pouco tempo depois da última toma.
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